Armadura de Polypterus!!!
Enviado: 12 Nov 2014, 10:34
A notícia é de 2012, mas como não sabia, resolvi compartilhar com vcs...
E apesar do erro incrível existente na reportagem, não deixa de ser interessante!!!
"EUA criam uniforme mais resistente que o aço a partir da escama de peixe pré-histórico
LUCIANA SGARBI
Há 96 milhões de anos um guerreiro começou a preparar a sua vestimenta de guerra. Trata-se de um peixe, na verdade de um peixe bastante especial, dada a sua agressividade e esperteza instintiva de defesa: chama-se Polypterus senegalus, mede 50 centímetros de comprimento e é conhecido entre os biólogos como o "brigão dos mares africanos". Dotado de alta capacidade mimética, ele teve ao longo da existência de sua espécie as escamas adaptadas às mordidas de grandes predadores, ou seja, sobrevive a ataques ferozes: tanto que existe até hoje. Na semana passada, esse brigão dos mares ganhou status de modelo: o Exército dos EUA e o Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) anunciaram que vão se inspirar nele para, com auxílio da ciência, construir novas e eficazes armaduras bélicas para soldados: elas serão tão resistentes quanto aquelas medievais, só que, ao mesmo tempo, tão leves quanto os tecidos inteligentes feitos atualmente através da nanotecnologia.
O Polypterus senegalus foi capturado e levado a aquários especiais justamente pelo fato de sobreviver há milhões de anos. E o estudo de suas escamas, únicas no habitat marinho, tornou-se objeto de importantes pesquisas a ponto de merecerem publicação na revista científica Nature, uma das mais conceituadas do mundo. "Cada escama é sobreposta para que dissipe a pressão de uma mordida poderosa", diz Christine Ortiz, do MIT, responsável pela pesquisa. "Ocorre um fenômeno incrível: as fissuras causadas por ataques às escamas formam um círculo ao redor do local do impacto, em vez de correrem por toda a escama impedindo-a de exercer constantemente a sua função de proteção". Ao "desmontarem" as escamas, os cientistas observaram que a sua eficiência está na espessura (algo ao redor de 500 milionésimos de metro) e na forma como são dispostas. Agora, o seu desenho será transportado para roupas de guerra. Se esse peixe já sobreviveu aos ataques do escorpião-do-mar, um gigante que tinha mandíbulas poderosas, garras, espinhos e uma imensa cauda com ferrão e veneno, acredita-se que soldados que usarem o novo uniforme poderão facilmente seguir em frente, incólumes, caso tenham de guerrear corpo a corpo ou mesmo se enfrentarem balas de fuzis de relativa potência. "Essa nova armadura será 15 vezes mais resistente que o aço", diz Christine.
Por baixo da escama, mais proteção. Uma malha de 40 camadas de nanotubos de carbono formam a tal capa protetora capaz de impedir a passagem de balas. Outra possibilidade de "recheio" para a armadura é a mistura de polietileno glicol, um polímero encontrado em alguns medicamentos, e nanotubos de areia. Uma vez juntos, esses elementos produzem um líquido que se torna rígido instantaneamente, transformando- se num escudo quando atingido com violência por algum objeto."
E apesar do erro incrível existente na reportagem, não deixa de ser interessante!!!
"EUA criam uniforme mais resistente que o aço a partir da escama de peixe pré-histórico
LUCIANA SGARBI
Há 96 milhões de anos um guerreiro começou a preparar a sua vestimenta de guerra. Trata-se de um peixe, na verdade de um peixe bastante especial, dada a sua agressividade e esperteza instintiva de defesa: chama-se Polypterus senegalus, mede 50 centímetros de comprimento e é conhecido entre os biólogos como o "brigão dos mares africanos". Dotado de alta capacidade mimética, ele teve ao longo da existência de sua espécie as escamas adaptadas às mordidas de grandes predadores, ou seja, sobrevive a ataques ferozes: tanto que existe até hoje. Na semana passada, esse brigão dos mares ganhou status de modelo: o Exército dos EUA e o Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) anunciaram que vão se inspirar nele para, com auxílio da ciência, construir novas e eficazes armaduras bélicas para soldados: elas serão tão resistentes quanto aquelas medievais, só que, ao mesmo tempo, tão leves quanto os tecidos inteligentes feitos atualmente através da nanotecnologia.
O Polypterus senegalus foi capturado e levado a aquários especiais justamente pelo fato de sobreviver há milhões de anos. E o estudo de suas escamas, únicas no habitat marinho, tornou-se objeto de importantes pesquisas a ponto de merecerem publicação na revista científica Nature, uma das mais conceituadas do mundo. "Cada escama é sobreposta para que dissipe a pressão de uma mordida poderosa", diz Christine Ortiz, do MIT, responsável pela pesquisa. "Ocorre um fenômeno incrível: as fissuras causadas por ataques às escamas formam um círculo ao redor do local do impacto, em vez de correrem por toda a escama impedindo-a de exercer constantemente a sua função de proteção". Ao "desmontarem" as escamas, os cientistas observaram que a sua eficiência está na espessura (algo ao redor de 500 milionésimos de metro) e na forma como são dispostas. Agora, o seu desenho será transportado para roupas de guerra. Se esse peixe já sobreviveu aos ataques do escorpião-do-mar, um gigante que tinha mandíbulas poderosas, garras, espinhos e uma imensa cauda com ferrão e veneno, acredita-se que soldados que usarem o novo uniforme poderão facilmente seguir em frente, incólumes, caso tenham de guerrear corpo a corpo ou mesmo se enfrentarem balas de fuzis de relativa potência. "Essa nova armadura será 15 vezes mais resistente que o aço", diz Christine.
Por baixo da escama, mais proteção. Uma malha de 40 camadas de nanotubos de carbono formam a tal capa protetora capaz de impedir a passagem de balas. Outra possibilidade de "recheio" para a armadura é a mistura de polietileno glicol, um polímero encontrado em alguns medicamentos, e nanotubos de areia. Uma vez juntos, esses elementos produzem um líquido que se torna rígido instantaneamente, transformando- se num escudo quando atingido com violência por algum objeto."