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Acroporas ? Corais duros para os «duros» (parte I)

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Celso Suguimoto
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Acroporas ? Corais duros para os «duros» (parte I)

#1 Mensagem por Celso Suguimoto »

Se começou a ler este artigo é porque gosta, tem ou pretende vir a adquirir Acroporas. Talvez lhe ocorra, ou já tenha ocorrido, se será capaz de manter este coral de forma saudável e por quanto tempo. Será que o seu aquário tem as condições necessárias para manter este animal no seu melhor?


A fama deste coral, além da sua beleza, provém da dificuldade e de resultados negativos obtidos por muitos aquariofilistas e lojistas, não sendo invulgar ouvir afirmações que desaconselham a aquisição e manutenção desta espécie. Mais tarde, quando entramos numa loja especializada em corais e vemos estes maravilhosos corais com as mais variadas cores, acabamos mesmo por não resistir e decidimos levar um para casa!

Comecemos pelo facto de que este coral provém de diferentes zonas do Indo-Pacífico. Cada espécime requer cuidados diferentes, já que algumas acroporas provêm de locais í superfície, onde a movimentação da água e a luz do sol são bastante fortes e outras encontram-se em águas mais profundas e turvas, requerendo, por conseguinte, menos luz solar. Por isso, é preferível aprender a priori o máximo possível sobre a espécie que pretende adquirir. Existem livros que cobrem a quase totalidade de espécies de Acropora e que são uma boa ferramenta para a identificação das mesmas.Vamos agora abordar quatro parâmetros essenciais que são uma boa ajuda se pretende manter corais Acropora sp.:



1. A água

Antes de se iniciar o processo de fazer água salgada, é preferível filtrar todos os contaminantes existentes na água da torneira. Isto é conseguido com uma unidade de OI (osmose inversa). A maior parte das OI’s actualmente existentes no mercado removem, pelo menos, 98% dos contaminantes existentes na água. Um dos elementos mais difíceis de remover da água são os silicatos. Os silicatos geram algas castanhas – as diatomáceas. As diatomáceas são pequenos pontos castanhos e verdes que surgem nos vidros e nas rochas e cuja remoção é bastante complicada. A deionização (DI) da água de osmose é uma forma de eliminar os silicatos e outros contaminantes que resistiram na água depois do processo de osmose.

No que respeita ao sal, utilize apenas tipos de sal específicos para mistura com água de osmose e verifique se o nível de cálcio da mistura é superior a 400 mg/l. Se não for, eleve-o para estes níveis. Faça o mesmo para a dureza carbonatada, certificando-se que se encontra acima de 8º dKH. Não utilize a água em menos de 24 horas, de modo a que o sal se dissolva completamente e se oxigene um pouco a água. A densidade deverá ser mantida entre 1.022 e 1.025, embora no limite superior seja mais fácil conseguirmos atingir maiores níveis de cálcio e dureza. Um sistema automático de reposição de água evaporada será fundamental para mantermos os níveis de densidade estáveis dentro do aquário.

A reposição de água evaporada deverá ser efectuada com água OI/DI misturada com hidróxido de cálcio (kalkwasser), sendo importante controlarmos muito bem o pH de modo a não ocorrerem excessos, caso contrário poderão ocorrer precipitações indesejadas de carbonato de cálcio.

A temperatura deverá ser mantida entre os 24 e os 26º C. Nunca deixe a temperatura ultrapassar os 28º C. Com águas mais quentes, todos os seres existentes no sistema irão acelerar o seu metabolismo, adicionando mais compostos orgânicos ao sistema e, possivelmente, originando um súbito crescimento de algas.

É de salientar ainda os óptimos resultados que se podem atingir com algumas pequenas mudanças periódicas de água, utilizando-se, para tal, água natural do mar. Com este simples procedimento é muitas vezes observável o estímulo induzido nos pólipos das acroporas, que revelam extensões bastante elevadas. Convém ressalvar a necessidade da recolha ser efectuada em locais com ausência de poluentes.



2. Movimentação da água

A movimentação da água do aquário é um elemento crítico para este tipo de seres vivos. De facto, eles necessitam mesmo de um movimento constante de água em seu redor. Além das bombas de retorno da filtragem, é importante existirem bombas de circulação no aquário, preferencialmente ligadas a um qualquer sistema de geração alternada de correntes. Quanto mais heterogeneidade na movimentação da água, melhor, já que permite que as diferentes correntes renovem constantemente a água e o oxigénio junto das ramificações dos corais e removam qualquer tipo de detritos que se possam depositar nas mesmas. Hoje em dia existem já bombas que produzem movimentações difusas e elevadas de água com baixos consumos de electricidade, permitindo ainda sincronias de funcionamento através da ligação a um controlador, de modo a simular movimentos da água existentes no habitat natural



3. Iluminação

A iluminação para estes corais deverá ser a melhor que se conseguir providenciar, sendo as fluorescentes T5 e as lâmpadas HQI boas opções. A combinação dos dois tipos de lâmpadas tem revelado bons resultados em aquários de recife. Recentemente, as lâmpadas T5 têm apresentado resultados surpreendentes, embora seja necessária uma grande quantidade de lâmpadas, além de que estes corais mais dependentes da luz não deverão ser colocados a grandes profundidades aquando da utilização exclusiva deste tipo de lâmpadas. As lâmpadas HQI são uma tecnologia provada e testada, contribuindo não só para boas taxas de crescimento dos corais duros, mas também para gerar um aspecto luminoso bastante atraente e semelhante aos efeitos provocados pelos raios de sol ao penetrarem na água. A combinação de HQI’s e T5 actínicas gera um bom espectro de cor, o que parece ser apreciado por muitos animais e torna visíveis determinados pigmentos de cor dos corais.

A cor da temperatura das lâmpadas é medida em graus Kelvin (K) e quanto mais elevado o K mais branca é a luz. Já existem no mercado lâmpadas para todos os tipos de temperatura de cor, sendo aceitável e obtendo-se melhores resultados no intervalo 10.000K a 20.000K. Examine periodicamente as suas lâmpadas, í vista desarmada ou através de um medidor de intensidade luminosa (lux), para se certificar que as lâmpadas mantêm a radiação desejada. Não se esqueça que as lâmpadas têm um período de vida limitado, a partir do qual obtemos das mesmas rendimentos muito fracos. Quando substituir as lâmpadas, principalmente as HQI’s, eleve ligeiramente a calha de iluminação, de modo a não provocar um choque nos seres vivos motivado por um excesso repentino de luz. Poderá ir baixando a calha progressivamente nos dias seguintes até retomar a posição inicial.



4. Aditivos

Existem vários tipos de aditivos utilizados em aquários de recife. Vamo-nos centrar naqueles que penso serem os principais quando pretendemos manter corais duros.

O estrôncio (com níveis ideais de 8mg/l) e o magnésio (1300 mg/l) são utilizados por todos os tipos de corais duros e pela alga coralina, sendo essenciais para o crescimento do esqueleto dos corais. Estes aditivos deverão ser adicionados ao sistema sem molibdénio, já que este último pode contribuir para o aparecimento de algas indesejáveis. Com a utilização de reactores de cálcio (CO2) a adição destes elementos é muitas vezes dispensável, já que a maior parte dos recheios destes reactores já dispõem de estrôncio e magnésio, que vai sendo dissolvido e entrando na água do aquário. O iodo é outro aditivo, embora este seja apenas crítico para o crescimento dos corais moles e crustáceos, podendo ter um efeito positivo a longo prazo nos corais duros.

Os vulgarmente chamados elementos vestigiais também deverão ser adicionados, já que são facilmente removidos pela forte escumação. A realização de mudanças frequentes de água substitui a necessidade de adicionar estes elementos.

As acroporas utilizam cálcio para construir os seus esqueletos rígidos. Para este efeito é desejável que os níveis de cálcio sejam superiores a 400 mg/l (e inferiores a 450 mg/l). Neste processo de calcificação por parte destes seres é também fundamental garantir um nível de dureza carbonatada equilibrado com o de cálcio, idealmente entre 8º dKH e 12º dKH. Como tal, devemos utilizar um meio de reposição do cálcio e dureza consumidos. A kalkwasser é água doce purificada misturada com hidróxido de cálcio e desempenha as seguintes funções: adicionar ou manter níveis de cálcio; elevar ou manter a dureza carbonatada (e, consequentemente, a estabilidade do pH); precipitar fosfatos; elevar o pH quando exista excesso de CO2 no sistema; aumentar a eficiência do escumador de proteínas.

De forma complementar ou alternativa í kalkwasser existem outros meios para repor os níveis de cálcio e dureza, tais como os reactores de cálcio e os produtos equilibrados de duas partes. Não vamos alargar aqui esta temática, uma vez que já foi amplamente debatida em artigos anteriores.



Outras condições importantes

Além dos aspectos mencionados anteriormente, é importante garantirmos determinadas condições nos nossos sistemas que passam por uma intensiva remoção de nutrientes, quer através da utilização de um escumador sobredimensionado, quer através da inclusão no sistema de uma grande quantidade de rocha viva. Ao contrário de muitos corais moles que toleram e, por vezes, apreciam alguma concentração de nutrientes, as acroporas beneficiam muito com a ausência destes elementos residuais dos nossos aquários. Para estas condições contribui também a manutenção de uma baixa população de peixes, sendo esses, de preferência, pertencentes a espécies de pequena dimensão. Algumas soluções para redução de nutrientes, nomeadamente de nitratos, têm sofrido amplos debates a nível nacional e internacional, tal como os mais diversos tipos de desnitrificadores, sendo que alguns aquariofilistas têm obtido muito bons resultados e outros nem por isso. Não faria sentido falarmos aqui em parâmetros de nutrientes, já que é evidente que, para mantermos acroporas em condições ideais, os valores objectivados são únicos: zero. Na segunda parte concluiremos este artigo abordando a selecção dos espécimes a adquirir, o transporte, a aclimatização, a manutenção e a compatibilidade das acroporas com outros seres.



Artigo de João Cotter, publicado com autorizacao
http://bioaquaria.pt
ReefCelsois III

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Evoluir é reconhecer nossos erros. Não para consertá-los, mas para não repetí-los. (Amanda Chakur)

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