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Levantamento de Elasmobrânquios Capturados em São Sebastião

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André Fonseca
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Levantamento de Elasmobrânquios Capturados em São Sebastião

#1 Mensagem por André Fonseca »

Levantamento de Elasmobrânquios Capturados na Praia de Boracéia, Município de São Sebastião

Autor: André Fonseca

1 - INTRODUÇÃO

Os Elasmobrânquios são peixes cartilaginosos representados pelas raias, tubarões e quimeras. Atualmente são conhecidas aproximadamente 919 espécies pertencentes às ordens Batoidea e Selachii. Os Batoidea são representados pelas raias, sendo conhecidas 525 espécies, os Selachii, representados pelos tubarões, foram identificadas 394 espécies.

Estes peixes são de grande importância para o controle de populações de outras espécies, visto que se alimentam de outros peixes, moluscos e mamíferos. Além disso, tem importância econômica, pois grande parte da população pesqueira comercializa sua carne, óleo e pele. Como não há legislação que as proteja, ocorre a pesca predatória em períodos reprodutivos, ocasionando a diminuição da quantidade de peixes existentes.

Conhecendo-se mais sobre a biologia destas espécies é possível identificar os meses de reprodução e a idade das espécies capturadas, evitando a pesca predatória neste período que poderia resultar em extinção de uma população. Além disso, podem ser desenvolvidos trabalhos de educação ambiental, com orientações aos pescadores mostrando a importância de conservar estas espécies, não ocasionando um desequilíbrio da cadeia alimentar, desenvolvendo também outras atividades que supririam as necessidades econômicas da comunidade pesqueira. Com o estudo das espécies coletadas é possível conhecer para proteger.

2 - OBJETIVO

Este trabalho identifica as espécies de peixes cartilaginosos que são coletadas pela pesca artesanal no município de São Sebastião, na Praia de Boracéia, verificando o período reprodutivo, a estratégia reprodutiva, a dieta alimentar, a fauna associada à pesca artesanal escolhida e a frequência com que cada espécie é encontrada (sazonalidade).

3 – REVISÕES BIBLIOGRÁFICAS

3.1 – Características Gerais dos Elasmobrânquios

São peixes mandibulados com esqueleto cartilaginoso, bexiga natatória ausente, válvula espiral presente no intestino, nadadeiras pélvicas modificadas (formando clásperes nos machos).Surgiram no Devoniano a recente, com três ordens, sendo apenas uma representada hoje no mundo (ORR, 1986).

Segundo QUEIROZ (1995), os tubarões apareceram na Era Paleozoica, Período Devoniano, cerca de 408 milhões de anos atrás. Considerados como seres primitivos já que mantiveram a aparência de seus ancestrais, mesmo sofrendo especializações evolutivas. São exclusivamente carnívoros (SANTOS, 1952).

Os tubarões e raias são os vertebrados viventes mais inferiores que têm vértebras completas e separadas, mandíbulas móveis e extremidades pares. Todos são predadores e praticamente todos são habitantes dos oceanos. O grupo é antigo e representado por muitos restos fósseis, especialmente dentes, espinhos das nadadeiras e escamas (STORER et al, 1986).

Segundo COHEN (1970), em sua revisão sobre espécies recentes, encontrou 555 espécies pertencentes aos Chondrichthyes. Referente aos Selachii, no catálogo da FAO, foi considerado existente, aproximadamente 350 espécies de tubarões (COMPAGNO, 1984).

A irradiação inicial a partir de um ancestral comum enfatizou mudanças nos dentes, maxilas e nadadeiras. Aparentemente os aparelhos alimentares e locomotores evoluíram em diferentes graus dentro das diferentes linhagens. Ao longo do tempo houve a tendência, das diferentes linhagens de Elasmobranchii, acumular modificações similares, mas não idênticas em suas estruturas alimentares e locomotoras (POUGH et al, 1999).

Segundo PENNA, (1967), estes peixes são animais aquáticos com adaptações para o meio onde vivem. Nos tubarões, o plano geral do seu corpo é fusiforme, sendo o impulso executado pela nadadeira caudal, as outras nadadeiras funcionam para equilibrar o corpo.

3.2 – Classificação e Sistemática dos Tubarões e Raias do Brasil

Os tubarões viventes hoje no mundo estão divididos em 8 Ordens, 29 ou 30 Famílias, aproximadamente 100 Gêneros e cerca de 375 Espécies. No Brasil até o momento, tubarões de 6 Ordens, 15 Famílias, 32 Gêneros e pelo menos 65 Espécies (GADIG & JUNIOR, 1992).

Segundo STORER et al (1986), dentro da subclasse Elasmobranchii são conhecidas as Ordens: Chlamydoselachiformes, Hexanchiformes, Squaliformes e Rajiformes. As Famílias encontradas são: Heterodontidae, Odontaspididae, Lamnidae, Alopiidae, Rhincodontidae, Carcharhinidae, Sphyrnidae, Squalidae, Squatinidae e Pristiophoridae.

Foi feito um levantamento das espécies de raias habitantes da costa brasileira, comparando-se com dados bibliográficos, encontrou-se 40 espécies de raias, dividindo-se no norte, nordeste, sul e sudeste (FILHO et al, 1997).

As fêmeas de Sphyrna lewini podem alcançar a 1ª maturação sexual entre 212,0 a 220,0 cm de comprimento total, os machos somente a partir de 202,4 cm, que apresentam seus mixopterígios calcificados (HAZIN et al, 1997).

Durante os trabalhos de coleta de Sphyrna lewini, observou-se que a não captura de indivíduos adultos, está relacionado ao maior esforço da pesca com redes de pequena malha, ao menor número de exemplares de grande porte, comparando-se com os neonatos e jovens. Isto ocorre porque os adultos se aproximam da costa geralmente para a reprodução, e os neonatos permanecem mais tempo, já que o ambiente é favorável, principalmente em relação à alimentação (MOTTA et al, 1997).

Conhecido vulgarmente como cação frango; cor-de-enxofre (BA); lustroso (BA), a espécie Rhizoprionodon lalandei (Valenciennes, 1839) caracteriza-se por possuir sulco labial superior e inferior bem desenvolvido; o inferior exposto, mesmo quando a boca está fechada; origem da segunda nadadeira dorsal situada sobre a metade posterior da base da nadadeira anal. Dentes laterais das maxilas oblíquas e alargadas. Base dos dentes superiores sem dentículos. Segunda nadadeira dorsal pequena, sua base menor que a metade da base da primeira nadadeira dorsal. Como sua identificação pelo aspecto externo não é fácil, pela sua semelhança com o Rhizoprionodon porosus, o número de vértebras pré-caudais é caráter seguro para sua identificação. O Rhizoprionodon lalandei possui 70 a 90 vértebras pré-caudais, comprimento da primeira nadadeira dorsal quase sempre maior que o comprimento da margem anterior da nadadeira peitoral. Habitam as águas rasas da costa. Alimentam-se de camarões e pequenos peixes como sardinhas e manjubas. Ocorrem na costa leste americana do Panamá até pelo menos Santa Catarina. Vivíparos com saco placentário. O número de embriões por fêmea varia de 1 a 4 (em média 2). Nasce com pouco mais de 30cm (QUEIROZ, 1996).

Em trabalho publicado sobre a idade e crescimento do R. lalandei, foi observado que os comprimentos da primeira maturação sexual para ambos os sexos, correspondeu a 2 anos. Estes resultados indicam que esta espécie apresenta um crescimento rápido (LESSA et al, 1991).

Os maiores exemplares observados apresentam 77cm, mas com 50cm pesa cerca de 800g. Sua carne é utilizada seca e salgada para consumo humano (QUEIROZ, 1996).

Fêmeas grávidas ou com ovócitos em vitelogênese foram encontradas em capturas feitas no litoral da Bahia, cuja fecundidade uterina e ovariana variou de 2-8 e 2-5 (QUEIROZ e GAMA, 1991).

Para se conhecer mais sobre a biologia pesqueira dos tubarões R. lalandei, já que é uma espécie muito capturada, foi iniciado em julho 1996 o Projeto Cação, com isso pode-se gerar subsídios para manejo destas pescarias (MOTTA, 1997).

No Brasil, foi encontrado na subordem Narcobatoidea, a família Torpedinidae, onde há duas espécies de raias elétricas e na subordem Batoidea têm-se as seguintes famílias: Myliobatidae, Mantidae, Pristidae, Rhinobatidae, Rhinopteridae, Rajidae, Dasyatidae e Potamotrygonidae, que pertencem às raias de águas continentais. As raias das famílias Pristidae, Rhinobatidae, Rajidae e Torpedinidae possuem cauda espessa, provida de nadadeira, com uma prega dérmica lateral. As das famílias Dasyatidae, Potamotrygonidae, Myliobatidae e Mantidae a cauda é mais ou menos delgada sem nadadeira (SANTOS, 1952).

Em trabalho realizado sobre a população de Rhinobatus horkelii, no Rio Grande do Sul, analisou-se as estatísticas do desembarque comercial da raia no porto de Rio Grande, nos anos de 1975 a 1995. Observou-se que durante o período de 1984 a 1995, a abundância da espécie decresceu até valores de 4 a 5% do seu nível inicial. Comprovando que a pesca frequente, pode diminuir o número de espécimes viventes no mar (SARILHO e VOOREN, 1997).

Em levantamento faunístico das espécies de raias no Brasil, verificou-se a predominância da família Rajiformes, coletou-se, 13 espécies Rajiformes (GOMES & GADIG, 1997).

3.3 – Aspecto Externo

A cabeça termina em ponta arrendondada e o tronco é fusiforme, maior perto das nadadeiras peitorais, afilando para trás. Há duas nadadeiras dorsais medianas separadas, uma nadadeira caudal mediana e dois pares de nadadeiras laterais, peitorais e pélvicas. Entre as pélvicas, nos machos, há um par de delgados mixopterígios, usado na cópula (STORER et al, 1986).

Segundo PENNA, (1967), estes peixes são animais aquáticos com adaptações para o meio onde vivem. Nos tubarões, o plano geral do seu corpo é fusiforme, sendo o impulso executado pela nadadeira caudal, as outras nadadeiras funcionam para equilibrar o corpo.

Algumas espécies atingem o tamanho de 3, 4, 5 e 6 metros; outras ultrapassam estas medidas podendo chegar até 12m e 4 toneladas para mais. O maior peixe que se conhece é o Rhincondon typus que chega a pesar 15 toneladas. O estômago dilata-se de maneira que forma um volume igual ao do seu próprio corpo, nessa dilatação a pele fica fina e transparente (SANTOS, 1952).

3.4 – Tegumento

A pele cinzenta é uniformemente coberta com fileiras diagonais de pequenas escamas placóides, cada uma com um espinho apontado para trás, coberto de esmalte e uma placa basal de dentina dentro da derme (STORER et al, 1986).

Nos Elasmonbranchii existem vestígios da parte externa da couraça ostracodérmica sob a forma de escamas placóides (POUGH et al, 1999).

3.5 – Sistema Esquelético

Todo o esqueleto é de cartilagem mais ou menos reforçada, com depósitos calcários; as partes axiais são o condocrânio, o esqueleto visceral e a coluna vertebral segmentada. Cada vértebra tem um centro em forma de carretel, côncavo em ambas as extremidades (anficélica), e dorsalmente um arco neural para abrigar o tubo nervoso; na cauda, cada uma também apresenta ventralmente um arco hemal envolvendo a aorta e veias caudais; a notocorda persiste nos espaços intervertebrais. O condocrânio consiste na caixa craniana, o esqueleto visceral é formado por mandíbulas, arco hióide e cinco pares de arcos branquiais sustentado a região das brânquias. A maxila não é unida a caixa craniana (STORER et al, 1986).

A maxila superior liga-se frouxamente ao crânio dos tubarões e raias e é sustentada, na parte posterior, por um elemento do segundo arco, ou hiomandibular. Este tipo de suspensão da mandíbula é chamado de hiostilia. Nos tubarões, a cintura que sustenta as nadadeiras peitorais é formada por uma barra cartilaginosa curva. A parte ventral, entre as bases das nadadeiras, é chamada de barra coracóide e os processos, que se estendem dorsalmente até as bases das nadadeiras em cada lado, recebe o nome de processos escapulares. A cintura pélvica dos tubarões é constituída de uma barra ventral pubo-isquiática, que se estende pelo corpo, entre as bases da nadadeira, e de um pequeno processo ilíaco de cada lado, que se projeta dorsalmente, acima do ponto de articulação com as nadadeiras (POUGH et al, 1999).

3.6 – Sistema Muscular

Os músculos do tronco e da cauda têm caráter segmentar e servem para produzir as ondulações laterais, do tronco e da cauda, necessárias a natação. Músculos mais especializados movem as nadadeiras pares, a região branquial e estruturas da cabeça (STORER et al, 1986).

Segundo ORR (1986), a função do sistema muscular nos peixes consiste em abrir e fechar a boca, movimentar os olhos, abrir e fechar as aberturas branquiais, mover as nadadeiras e produzir movimentos laterais em partes do corpo, promovendo a locomoção através da água.

Nos peixes cartilaginosos a musculatura axial é dividida por um septo lateral ou horizontal em músculos epaxiais dorsais e músculos hipaxiais ventrais. Estas duas divisões principais podem ser diferenciadas uma da outra pelo fato dos músculos epaxiais serem inervados por ramos dorsais dos nervos espinhais e os músculos hipaxiais serem inervados por ramos ventrais destes nervos (POUGH et al, 1999).

3.7 – Sistema Digestivo

A larga boca é marginada com fileiras transversais de dentes pontiagudos. Os dentes desenvolveram-se de escamas placóides. Estão implantados na carne e não ligados à mandíbula e maxila. Dentes de substituição se desenvolvem continuamente em fileiras atrás dos dentes funcionais e movem-se para frente para substituir aqueles que foram perdidos (STORER et al, 1986).

Segundo PENNA (1967), o aparelho digestivo é formado por boca, faringe, esôfago, estômago, intestino e cloaca. O estômago divide-se em duas partes: a cardíaca e a pilórica. O intestino divide-se em intestino, colo e reto. No colo encontra-se a válvula espiral, que é uma prega espiralada que aumenta a superfície de contato dos alimentos com a parede absorvente do intestino, pois o colo é bastante curto. O fígado, a vesícula biliar e o pâncreas desembocam separadamente no duodeno, onde se encontra uma glândula retal. A glândula retal é responsável pela osmoregulação através da excreção de sal do organismo, dos elasmobrânquios (VIEIRA et al, 1997).

Nas raias os dentes assumiram a forma de placas largas que trituram moluscos e outros organismos de concha dura, usado como alimento para estes peixes. Em alguns Elasmobranchii, o intestino é dividido em duas porções. A primeira caracteriza-se pela presença de uma válvula espiral, que aumenta muito a superfície de absorção (ORR, 1986).

3.8 – Celoma

Estômago, intestino e outros órgãos internos situam-se na grande cavidade do corpo ou celoma. Este é forrado de uma membrana lisa e brilhante, o peritônio, que também cobre os órgãos, estes são sustentados a partir da parede mediana dorsal do celoma por finos mesentérios, também formados pelo perotônio. Um septo transversal separa o celoma da cavidade que contém o coração (STORER et al, 1986).

3.9 – Sistema Circulatório

O coração situa-se abaixo da região branquial, em uma bolsa, o pericárdio; consiste em um seio venoso dorsal, de paredes finas, que recebe sangue de várias veias, seguido por uma aurícula, um ventrículo de paredes grossas e um cone arterial. Deste, o sangue passa para frente pela aorta ventral, de onde cinco pares de artérias branquiais aferentes o distribuem aos capilares das brânquias para a hematose; quatro pares de artérias branquiais eferentes levam o sangue para a aorta dorsal, que se estende ao longo da parede mediana dorsal do celoma (STORER et al, 1986).

O coração possui quatro câmaras, a primeira câmara ou câmara receptora é chamada de seio venoso, tem uma parede fina com a câmara seguinte o átrio, do átrio o sangue passa para o ventrículo, que tem paredes espessas, e é bombeado para fora, passando do cone arterioso para a aorta ventral. O sangue da aorta ventral vai para a região branquial para ser oxigenado, passando pelos vasos branquiais aferentes, depois disso, sai das brânquias através das alças coletoras eferentes e vai para a aorta dorsal (POUGH et al, 1999).

3.10 – Sistema Respiratório

Em cações bentônicos a água entra na boca e passa sobre as brânquias por expansão das bolsas branquiais. Com a contração das bolsas, a água é expelida através das fendas branquiais. As brânquias são formadas por muitos filamentos delgados e paralelos que contêm capilares. O sangue da aorta ventral passa através desses capilares, elimina gás carbônico e absorve oxigênio dissolvido na água e depois continua pela aorta dorsal (STORER et al, 1986).

A respiração é feita através das brânquias, a água penetra pela boca ou pelos espiráculos e é forçada para os sacos branquiais, onde entra em contato com as brânquias e sai pelas fendas. O espiráculo é formado pela adaptação da primeira fenda branquial atrofiada, e tem como função suplementar à entrada de água pelas brânquias. Os espiráculos são mais desenvolvidos nos tubarões demersais (PENNA, 1967).

3.11 – Sistema Excretor

Os dois delgados rins mesonéfricos situam-se imediatamente acima do celoma em cada lado da aorta dorsal. A urina de cada um é coletada pro uma série de túbulos segmentares que se reúnem num ducto longitudinal, o ducto de Wolff (ureter), que se dirige para trás; os dois uretes desembocam através de uma papila urogenital única para dentro do seio urogenital na cloaca. Uma delgada glândula retal prende-se dorsalmente na união do intestino com a cloaca. Ela ajuda os rins removendo o excesso de sais do sangue. Pouca ureia é perdida através das brânquias ou dos rins. Eles absorvem um pouco de água através das brânquias e da bucofaringe, não precisando beber água. A eliminação da urina é pequena (STORER et al, 1986).

Os Elasmobrânquios, ao contrário da maioria dos peixes marinhos, possuem corpúsculos renais grandes, e a eliminação de água é relativamente maior, como nos peixes de água doce.

Dois fatores são responsáveis pela manutenção do equilíbrio hídrico adequado. Eles possuem a capacidade de manter na corrente sanguínea, uma concentração muito alta de resíduos nitrogenados, sob a forma de uréia que chega a alcançar a concentração de 300 a 1300 miligramas por 100 mililitros de líquido. Nos tubarões a presença de uma grande quantidade de uréia torna a pressão osmótica do corpo aproximadamente igual à da água salgada e não há perigo de desidratação (STORER et al, 1986).

Segundo STORER et al (1986), estudos recentes em Carcharhinus leucas, do Lago Nicarágua, mostraram que a glândula retal apresenta mudanças regressivas e são hipofuncionais, quando comparadas a de indivíduos da mesma espécie de águas marinhas. Embora o conteúdo de uréia nos tubarões de água doce do Lago Nicarágua, bem como da Malásia, seja de apenas 25 a 35 por cento do conteúdo existente nas espécies marinhas.

3.12 – Sistema Nervoso

Os centros nervosos podem ser divididos em duas partes: o encéfalo e a medula. O encéfalo está localizado dentro da caixa craniana, e se compõe de várias partes: os dois hemisférios cerebrais, onde estão localizados os dois bulbos olfativos, que são ligados com as cápsulas olfativas (PENNA, 1967).

Nos Elasmobrânquios, existe uma série irregular de gânglios simpáticos ao longo da parede do corpo. As fibras destes gânglios ligam-se tanto à medula espinhal como à musculatura lisa dos sistemas digestivo e circulatório (ORR, 1986).

3.13 – Órgãos dos Sentidos

As duas narinas ventrais, no focinho, recebem parte de água que passa pelo animal e servem para perceber materiais dissolvidos. A faringe contém botões gustativos esparsos. Nos Elasmobrânquios, a retina contém bastonetes e os olhos parecem estar adaptados para pouca luz. O ouvido é um órgão de equilíbrio, e a linha lateral responde a estímulos de pressão de baixa frequência da água circundante. As ampolas de Lorenzini ficam na cabeça e servem como eletrorreceptor com cílios sensitivos ligados a fibras nervosas (STORER et al, 1986).

Os tubarões, animais predadores com movimentos rápidos, geralmente, possuem visão à distância e precisam mover o cristalino para frente ou para longe da retina, a fim de ver os objetos de perto. Os olhos dos tubarões são semelhantes a dos outros vertebrados. Os órgãos receptores do olfato se localizam na parte inferior do focinho, e se comunicam com o exterior através das narinas (LIMA, 2001).

Os canais de muco são encontrados na cabeça, constituídos por um pequeno tubo cheio de muco, que numa das extremidades se comunica com o exterior e na outra, com uma dilatação onde se encontram pêlos sensoriais. A linha lateral é responsável pela percepção das vibrações, no interior da linha lateral, encontram-se numerosas terminações nervosas (PENNA, 1967).

3.14 – Sistema Urogenital

Segundo STORER et al (1986), no macho, os espermatozoides desenvolvem-se em dois longos testículos na parte anterior da cavidade do corpo; de cada testículo alguns ductos eferentes vão ao ducto de Wolff ou ducto deferente que também transporta a urina nos cações. O ducto abre-se no seio urogenital. Na cópula, os mixopterígios são colocados um junto do outro e os dois órgãos são inseridos na cloaca da fêmea. O líquido seminal escorre pelo canal formado pelos sucos adjacentes dos mixopterígios. O sistema feminino tem dois grandes ovários sustentados por fortes membranas. Dois ductos de Muller ou ovidutos estendem-se ao longo da cavidade do corpo; suas extremidades anteriores unem-se em um único e grande funil através dos quais os óvulos penetram no oviduto. A parte anterior é dilatada como uma glândula da casca e espécies ovovivíparas, como o cação, têm a parte posterior alargada como um “útero” para conter os embriões durante o desenvolvimento. Os ovidutos abrem-se separadamente na cloaca.

Os peixes cartilaginosos têm gônadas pares e os sexos são distintos. A fêmea tem, normalmente, dois ovidutos, onde as extremidades superiores são fundidas de forma que existe uma única abertura infundibular ou óstio, pela qual podem sair os óvulos do ovário. Cada oviduto possui uma glândula de casca, visto que os ovos são fertilizados internamente e depois encerrados numa casca córnea (ORR, 1986).

Alguns Elasmobrânquios são ovíparos e depositam seus ovos na água, enquanto outros são ovovivíparos e incubam-nos internamente, numa região dilatada da extremidade inferior do oviduto, chamada de útero. O testículo dos Elasmobrânquios liga-se à região anterior do ducto arquinéfrico por meio de alguns túbulos renais, de maneira que grande parte deste desempenha uma função reprodutora. A fertilização é interna, tendo os machos desenvolvido órgãos copuladores nas partes internas das nadadeiras pélvicas. Cada uma das nadadeiras possui um mixopterígio que é sulcado medialmente (HILDEBRAND, 1995).

4 - MATERIAIS E MÉTODOS

A área estudada foi a Praia de Boracéia, município de São Sebastião. Sendo as coletas quinzenais. No dia 07/04/02, foi feita uma entrevista com o pescador, onde foi possível conhecer sobre a pesca artesanal feita nesta área. A arte de pesca escolhida é a rede de espera, colocada a aproximadamente 500 metros da zona de arrebentação. A malha utilizada na rede varia entre os tamanhos 10, 11 e 12 com 18 m de comprimento e 20 m de altura.

A rede é colocada no início da semana e retirada após 5 dias, os exemplares capturados são congelados até a coleta. Durante a coleta foram realizadas anotações referentes ao exemplar capturado tais como: local da pesca, data da captura, nome do pescador e nome popular do espécime. Posteriormente, os espécimes são colocados em sacos plásticos dentro de um isopor com gelo, e encaminhados para o Laboratório de Biociências do Centro Universitário Nove de Julho, onde são mantidos congelados no freezer até que sejam feitas dissecções para um estudo detalhado de sua anatomia externa e interna, reprodução, alimentação e biometria.

Antes da dissecção é utilizado como bibliografia para a identificação das espécies capturadas as obras: Manual de Peixes Marinhos do Sudeste do Brasil, (FIGUEIREDO, 1977) e Shark’s of the world (COMPAGNO 1984). O exemplar é pesado na balança eletrônica marca Marte com capacidade de 5000 g. Após a pesagem, é utilizado fita métrica, régua ou paquímetro para medir o comprimento total dos exemplares.

Para análise da sua biometria, na ordem Selachii foi medido o comprimento total dos exemplares, desde o focinho, até a nadadeira caudal; na ordem Batoidea além do comprimento total, é medida a largura das nadadeiras peitorais. Em seguida, o exemplar é colocado em bancada e fotografado com uma máquina Pentax K 1000 35 mm.

Após ser analisado a anatomia externa, realizou-se a dissecção, para análise da maturidade sexual do indivíduo, onde na fêmea é analisado o ovário, verificando a presença de ovócitos e sua quantidade, peso e diâmetro. No útero é observado se está distendido ou se apresentam embriões, a quantidade, peso, comprimento e se apresenta vestígio de esperma na cloaca indicando cópula recente.

No macho, é verificada a presença de esperma no mixopterígio ou nos sacos espermáticos, tamanho do mixopterígio e utilizando o paquímetro, verificou-se a largura da cabeça do epidídimo. O fígado dos exemplares é pesado.

O estômago é pesado cheio e após a pesagem é dissecado. É utilizada uma peneira para a separação do conteúdo estomacal, permitindo uma análise mais detalhada dos itens alimentares da espécie. O estômago vazio também é pesado.

Os itens alimentares foram fixados no álcool 70% dentro de frascos zoológicos, e identificados a partir de análise feita, utilizando um Estereomicroscópio da marca Kyoma, modelo SD-02.

5 - RESULTADOS E DISCUSSÃO

Durante os 12 meses de coleta na Praia de Boracéia, no município de São Sebastião, iniciados no dia 07/04/02 e finalizado no dia 16/03/03, fez-se 25 saídas técnicas. Dessas saídas, 17 não obtiveram resultados, por diversos motivos, como por exemplo: nenhum animal capturado na rede, condições adversas do mar, problemas com a rede e motor quebrado.

Foram coletados 08 espécimes, dividindo-se em 06 espécies, sendo 02 parte do grupo Batoidea e 04 do grupo Selachii. As espécies de Batoidea coletadas foram: Rhinobatus horkelii e Rhinoptera bonasus. Nos exemplares de Selachii foram capturados: Rhizoprionodon lalandei, Sphyrna lewini, Mustelus higmani e Squalus acanthias.

Dentre os Batoidea coletados temos:

Rhinobatus horkelii: conhecida como raia-viola e vive nas águas rasas da costa, alimentando-se de invertebrados. A fêmea capturada media 43 cm de comprimento e pesava 210 g. O macho media 72cm e pesava 1,193 Kg.

Rhinoptera bonasus: conhecida como raia-cinza ou ticonha, o exemplar capturado era macho medindo 32,2 cm (até a nadadeira pélvica, sendo que a nadadeira caudal estava seccionada) e pesava 2,137 Kg. Segundo Queiroz, (1996), sua carne é considerada de baixa qualidade, não sendo procurada para consumo humano.
Nos indivíduos de Selachii capturados encontramos:

Sphyrna lewini: conhecido vulgarmente como tubarão-martelo ou cambeva, o exemplar coletado media 45 cm de comprimento, pesava 423g e apresentava cicatriz do cordão umbilical. Segundo Szpilman (2004), sua carne é bem utilizada para consumo humano, representando uma significativa redução nas populações, com 89% de declínio.

Rhizoprionodon lalandei: espécie conhecida como cação frango ou machote, alimenta-se de camarões e peixes. Sua carne é muito utilizada para consumo humano. Um macho media 61 cm de comprimento, pesava 998 g e possuía grande quantidade de esperma. O outro macho media 41,8 cm, pesando 307 g. Na literatura (QUEIROZ, 1996), o maior exemplar capturado apresentava 77 cm e o exemplar mais pesado tinha 1,427 Kg.

Nas dissecções feitas nos estômagos dos exemplares capturados, foi possível observar o conteúdo estomacal sendo encontrados restos de peixes e crustáceos, confirmando o hábito alimentar das espécies descritas segundo Queiroz.

Mustelus higmani: espécie conhecida como cação cachorro, a fêmea coletada media 64 cm de comprimento e pesava 1,07 Kg. Em seu útero foram encontrados 12 ovócitos, indicando maturidade sexual. Segundo Szpilman (2004), devido à excepcional qualidade de sua carne são muito capturados em diversas partes do mundo.

Squalus acanthias: conhecido vulgarmente como cação bagre, possuem antes de cada nadadeira dorsal um forte e longo espinho. A fêmea capturada possuía 71 cm de comprimento total e pesava 1,330 Kg. Sua carne não é apreciada, sendo raramente consumida.

6 - CONCLUSÃO

Coletou-se 06 espécies de Elasmobrânquios, todos capturados na coluna d'água, à aproximadamente 500 metros da zona de arrebentação. A partir da revisão bibliográfica feita, comparando com os dados obtidos, foi possível confirmar que as espécies capturadas são habitantes das águas rasas do nosso litoral.

Das espécies de Selachii coletadas, observou-se uma maior captura de Rhizoprionodon lalandei, visto que esta espécie é mais freqüente nas águas do litoral brasileiro, sendo facilmente capturada pela rede de espera.

Com a captura de neonatos e de espécimes em fase de reprodução o esgotamento dos estoques naturais de muitas espécies de tubarões já é bem perceptível. Isto ocorre porque não se tem um controle da pesca nos meses de reprodução e nem do tamanho das espécies capturadas.

A partir dos resultados obtidos, conclui-se que a Prefeitura e as Instituições ligadas à arte de pesca deveriam apoiar a comunidade pesqueira, desenvolvendo outras atividades, que pudessem suprir a pesca durante os meses de reprodução. Devem ser feito projetos de educação ambiental, mostrando a importância das espécies no ecossistema, desenvolvendo papel fundamental na cadeia alimentar, controlando o número de indivíduos de outras espécies.

Além disso, a pesca freqüente desses espécimes, juntamente com o desequilíbrio ecológico causado pelo homem, pode indicar futuramente a extinção de uma população.

7 - REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ORR, R. T. 1986. Biologia dos Vertebrados. Editora Roca - 5° Edição. 508p.

QUEIROZ, E. L.; REBOUÇAS, S. C.. 1995. Tubarão quem tu és? Salvador, GECET/UFBA/Fapex. s/nº

SANTOS. E. 1952. Nossos Peixes Marinhos (Vida e costume dos peixes do Brasil). Coleção Zoologia Brasílica – I coleção. Editora F. Briguiet & CIA – Desenhos de Ruth Doris Secchin e Regina Sanchez. 265p.

STORER, T. L.; USINGER, R. L.; STEBBINS, R. C.; NYBAKKEN, J. W. 2000. Zoologia Geral. 6º ed. Editora Nacional. São Paulo. 816p.

COHEN, D. M. 1970. How many Recent fishes are there? Proc. Calif. Acad. Sci. 346p.

COMPAGNO, L. J. V. 1984. FAO Species catalogue.Sharks of the world. Na annotated and illustrated catalogue of shark species known to date. Parts1, FAO Fish. Synopsis.(125) vol 4. 655p.

POUGH, F.H. HEISER, J. B. MCFARLAND. W. N. 1999. A vidas dos vertebrados. Editora Atheneu. 2ª edição. 839p.

PENNA. I. 1967. Tubarões do Brasil. 12p.

GADIG. O. B. F, JÚNIOR. W. M.1992. Tubarões da Costa Brasileira. 111-119p.

FILHO, G. R.; VOOREN, C. M.; STEHMANN, M. 1997. List of Species of Skates and Rays off Brasil. An Update Based on Captures and Bibliography. 7º Congresso Nordestino de Ecologia. I Reunião da Sociedade Brasileira para Estudo de Elasmobrânquios.Ilhéus - Bahia. 135p.

HANZIN, F. H. V.; FELIX, G. B. A.; MATOS, S. M. G.; GUIMARÃES, A. S. 1997. Estudo das Técnicas de Captura Utilizadas na Pesca de Tubarão no Litoral do Estado de Pernambuco. 7º Congresso Nordestino de Ecologia. I Reunião da Sociedade Brasileira para Estudo de Elasmobrânquios. Ilhéus - Bahia. 171p.

MOTTA, F. S, NAMORA, R. C, FILHO, J. M. S, GADIG, O. B. F. 1997. Captura de Sphyrna lewini Juvenis pela Pesca Artesanal no Litoral Sul de São Paulo. 7º Congresso Nordestino de Ecologia. I Reunião da Sociedade Brasileira para Estudo de Elasmobrânquios. Ilhéus - Bahia. 46p.

QUEIROZ, E. L. 1996. Tubarão quem tu és ?

LESSA, R, CUNHA, P. M, SANTANA, F. M, LIMA, C. E. L. 1997. Idade e Crescimento do Tubarão Rhizoprionodon lalandii (Valenciennes, 1839) na Costa do Maranhão. 7º Congresso Nordestino de Ecologia. I Reunião da Sociedade Brasileira para Estudo de Elasmobrânquios. Ilhéus - Bahia. p. 86.

QUEIROZ, E. L, GAMA, A. 1991. Comentários Sobre a Biologia Reprodutiva das Fêmeas de Rhizoprionodon lalandii (Valenciennes, 1839) e R. porosus (Poey, 1861) no Litoral da Bahia, Brasil. Encontro Nacional de Pesca e Agricultura. Santos. p. 30.

MOTTA, F. S, NAMORA, R. C, FILHO, J. M. S, GADIG, O. B. F. 1997. Projeto Cação: Biologia e Captura de Tubarões Costeiros no Litoral Sul de São Paulo. 7º Congresso Nordestino de Ecologia. I Reunião da Sociedade Brasileira para Estudo de Elasmobrânquios. Ilhéus - Bahia. p. 46.

SARILHO, K. A.; VOOREN, C. M. 1997. A População da viola Rhinobatus haeckelli do Rio Grande do Sul Corre Perigo de Extinção. 7º Congresso Nordestino de Ecologia. I Reunião da Sociedade Brasileira para Estudo de Elasmobrânquios.Ilhéus - Bahia. p. 169.

GOMES, U. L.; GADIG, O. B. F. 1997. Marine Rays from Brazilian Coast. 7º Congresso Nordestino de Ecologia. I Reunião da Sociedade Brasileira para Estudo de Elasmobrânquios. Ilhéus - Bahia. 137p.

VIEIRA, V. L. A.; OLIVEIRA, L. H.; HIGA, F. M.; NOVAES, L. A. M.; MELO, A. S. 1997. Morfologia da Glândula Retal em Tubarões e Raias. 7º Congresso Nordestino de Ecologia. I Reunião da Sociedade Brasileira para Estudo de Elasmobrânquios. Ilhéus - Bahia. 115p.

LIMA, R.G. Levantamento de Elasmobrânquios capturados na Praia do Perequê, município do Guarujá, São Paulo. São Paulo, 2001. 45p.

HILDEBRAND, M. 1995. Análise da Vida dos Vertebrados. 3º ed. São Paulo. Ed. Atheneu. 700 p.

FIGUEIREDO. J.L. Manual de Peixes Marinhos do Sudeste do Brasil. Museu de Zoologia de São Paulo. 1977. 104p.

SZPILMAN, M. 2004. Tubarões no Brasil. Editora Mauad. Rio de Janeiro. 160p.

8 - FOTOS E IMAGENS RELACIONADAS

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Mustelus higmani

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Mustelus higmani, útero com 12 ovócitos

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Rhinobatus horkelii, vista dorsal

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Rhinobatus horkelii, vista ventral

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Rhinoptera bonasus, vista dorsal

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Rhinoptera bonasus, vista ventral

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Rhizoprionodon lalandei

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Squalus acanthias

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Squalus acanthias, espinho na primeira nadadeira dorsal

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Squalus acanthias, espinho na segunda nadadeira dorsal

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Squalus acanthias, dissecção, mostrando o tamanho do fígado

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Squalus acanthias, disposição interna dos orgãos, já sem o fígado

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Rhinobatus horkelii, dissecção mostrando disposição dos orgãos internos

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Sphyrna lewini

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Rhizoprionodon lalandei

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Rhinobatos horkelii, vista dorsal

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Rhinobatos horkelii, vista ventral
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Re: Levantamento de Elasmobrânquios Capturados em São Sebast

#2 Mensagem por Mauro Becker »

Nossa!

Dreca vc e a Eldinha estão se aprimorando neste assunto?

Vamos aproveitando para aproveitar a informação. icon_first
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- Necessário se faz a passagem de no mínimo 2 vezes o volume total do aquário pela lâmpada/dia

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Re: Levantamento de Elasmobrânquios Capturados em São Sebast

#3 Mensagem por Elder Luis »

Show!!! icon-aplauder

é... o Brasil Reef é um fórum completo, não só de sistemas fechados! icon_iCo01
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Re: Levantamento de Elasmobrânquios Capturados em São Sebast

#4 Mensagem por André Fonseca »

Ah Mauroca, eu gosto mesmo...

É por causa dos Tubarões que fui para Zoologia!!!

Minhas coletas para esse trabalho tiveram a duração de 1 ano, mas mesmo depois de ter defendido minha monografia continuei indo semanalmente para a praia, verificar as redes junto com o pescador.

Tempo excelente!!!
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Re: Levantamento de Elasmobrânquios Capturados em São Sebast

#5 Mensagem por Mauro Becker »

A parte da dissecação é que me desagrada, mas adoraria ver estudos em campo etc.
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Re: Levantamento de Elasmobrânquios Capturados em São Sebast

#6 Mensagem por Elder Luis »

Mauro Becker escreveu:A parte da dissecação é que me desagrada, mas adoraria ver estudos em campo etc.


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Tb não gosto, prefiro ver e estudar o animal no ambiente natural
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Re: Levantamento de Elasmobrânquios Capturados em São Sebast

#7 Mensagem por André Fonseca »

O bom desse tipo de levantamento, ou o menos ruim, é que não incentivamos a pesca dos animais, apenas embarcavamos (na verdade o único que embarcou com o pescador fui eu, os outros alunos do grupo só esperavam o retorno do pescador) e conforme a rede ia sendo puxada, registravamos o aparecimento das espécies, solicitando ao pescador se ele poderia "doar" um espécime de cada.

Já a parte da dissecção, eu gosto demais!!!
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